sábado, 17 de setembro de 2011

Vejo na Folha e compartilho:

Folha lança site para receber informações de fontes anônimas

DE SÃO PAULO
A Folha lança neste domingo o programa Folhaleaks, um canal na Folha.com (folha.com/folhaleaks) para receber informações e documentos que possam merecer uma investigação jornalística. 

Trata-se de uma ferramenta que permitirá ao leitor enviar sugestões, informações e documentos inéditos capazes de gerar reportagens investigativas elaboradas pela equipe do jornal. 

O internauta poderá fazer isso de forma anônima --o jornal preservará o anonimato das fontes que não queiram se identificar, procedimento autorizado pela Constituição brasileira quando necessário para garantir o direito à informação. 

"O Folhaleaks foi criado para ampliar o acesso da sociedade a informações relevantes, estreitando ainda mais a relação dos leitores com a produção de reportagens de interesse público", afirma Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha.
DOCUMENTOS
Poderão ser enviados para o portal textos e arquivos (vídeo, foto, áudio). As informações e documentos passarão por uma triagem. Não serão publicadas informações que não tenham sido checadas e confirmadas pela equipe de repórteres do jornal. 

Depois da seleção das sugestões e da identificação dos temas de maior relevância, os participantes poderão ser procurados pelos jornalistas para detalhar e aprofundar os dados, se manifestarem interesse em ser contatados posteriormente. 

O jornal confirmará o recebimento das informações por meio de um número de identificação de cada sugestão. 

A Folha, no entanto, não se obriga a informar o andamento e a conclusão de suas avaliações, nem se publicará ou não reportagem a partir dos dados.
A participação é espontânea. O jornal não remunera suas fontes de informação.

Tem medo no jornal


Tem medo no jornal

Uma olhada nos jornais de Natal dá conta do quanto a cidade sofreu sob as mãos de criminosos que alardeavem ser do PCC. Menos, senhores bandidos, menos. Até comprovação, creio que foi coisa mesmo dos encarcerados em Alcaçuz, fazendo link com seus quejandos que pululam fora dos muros. 

Culpa do sistema carcerário que não consegue impedir a comunicação dos - lá vai a palavra que os politicamente corretos não aceitam - marginais, tipos metidos e desassombrados, em conluio com a banda podre do sistema.

A Tribuna do Norte foi afoita e abriu manchetão assegurando que o PCC está por trás de toda a movimentação. Creio não. A ação foi coordenada, isso foi. Mas é preciso apurar melhor, antes de o jornalismo fazer certas afirmativa. O Novo Jornal não chegou a tanto: registrou as ocorrências e narrou o desespero do natalenses sem a mesma assertiva da velha TN.

O Diário foi na mesma linha da TN. Os programas policiais da TV Tropical e Ponta Negra estavam centrados nos acontecimentos de ontem. A cidade amanheceu com um solzão nordestino lindo e brilhante. Espero que tarde e noite sigam no mesmo rumo. Espero.
Um perigo ronda Natal. Os computadores podem ser do PCC

Caros amigos,

Somente agora consegui postar alguma coisa. Devo dizer que estou quase exausto, mesmo admitindo algo de hiperbólico a essa afirmação. Explico: culpa do computador. Computadores, creiam, são máquinas que chegam à insolência. Trabalham quando querem, sem precisar invocar a seu favor qualquer lei de greve, atestado médico ou outro motivo de força maior ou causa superveniente. 

Tenho, destarte, uma relação de amor e ódio a tais criaturas, que são pessoas, como se percebe, totalmente inconfiáveis. Gosto dos computadores quando estão bem comportados, atentos e prestativos. O problema é quando cismam de parar. Assim, se pudesse, estaria com minha pequenina Olivetti Lettera, que ganhei aos 18 anos. Máquinas de escrever são amigas, trabalham discretamente ao som suave, martelado, dos tipos sobre o papel em branco. 

Máquinas de escrever têm personalidade: desde que são fabricadas têm apenas uma e somente uma tipagem. Não há como mudar. Computadores não: são máquinas que sofrem de dupla, tripla, quádrupla personalidade. Muda-se o programa e logo eles, com a maior sem-cerimônia, passam a pensar e a agir de forma diferente. E afinal, quando ligados aos modens, outras máquinas também complicadíssimas e de mau humor, está formada uma dupla: dinâmica em problemas, emburradas em sua linguagem cibernética, perigosas em suas competências de nos desestabilizar os nervos.
http://www.google.com.br/imgres?q=m%C3%A1quina+de+escrever

Mas, hoje, após horas e horas, afinal o computador aceitou o trabalho. Quando já desistia eis que ele abriu sua tela vaidosa, colorida, brilhante, multifária, multimodal. Assim, digo bem baixinho para ele não perceber, aproveitei para falar mal do citado elemento, pois temo que, notando a minha vingança, se apodere de uma garrafa pet cheia de gasolina e me ataque quando eu estiver me dirigindo ao meu caro e incendeie tudo, como fizeram os bandidos ontem em Natal.

Caríssimos, eu os advirto: é possível que meu computador, secretamente, esteja se conectanto com os computadores de vocês, incentivando-os a ataque coletivo. Afinal, computador é PC. Daí para se reunirem sob a sigla PCC é um passo. Cuidado. Oremos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Rosalba fala em "tolerância zero"

http://www.google.com.br/imgres?q=tolerancia+zero
A governadora Rosalba Ciarlini assegura que haverá tolerância zero com os criminosos. Leio no Blog da jornalista Anna Ruth. Afirma o blog: "A governadora Rosalba Ciarlini comentou, há poucos instantes, o episódio envolvendo os ataques a ônibus na tarde de hoje em Natal. Ela disse que toda cúpula da Segurança do Estado está mobilizada em um mutirão e definiu que a tolerância é “zero”. 

“Todas as providências estão sendo tomadas. Um mutirão de Polícia Civil, Militar e Federal está todo mundo mobilizado. Já temos alguns suspeitos, estão sendo feitas algumas transferências. A tolerância é zero”,destacou.

Assim é que se fala. Mas há algo que não quer calar - é o seguinte: por que somente agora a tolerância zero? Por que o governo não mantinha, preventivamente, aparato policial que desestimulasse os bandidos a ações desse tipo? 
Também é intolerável, para os cidadãos, um governo que não se antecipa, não prevê. Prevenir é uma forma de não tolerar. Compete ao Estado esse tipo de ação. O bom governante, seguindo o velho lema positivista, deve prever para prover. Prover o cidadão de garantias à sua incolumidade é dever do aparelho estatal, que é remunerado com os impostos pagos por todos nós.

Não somos obrigados a viver sob o medo, a insegurança, a incerteza. Esse é um preço alto demais. É um imposto cobrado sobre a vida. E a vida, em si, não tem preço. E o governante, pela sua própria condição, deve ter apreço por esse bem supremo.

A governadora precisa garantir paz a Natal

Natal não é cor-de-rosa...

Leio na Tribuna do Norte que motorista da Empresa Guanabara-Oceano teve gasolina atirada nos olhos por criminosos que invadiram ônibus daquela empresa durante um dos ataques ocorridos hoje em Natal. 

O secretário de Segurança assegura que as ações, ao contrário do que foi alardeado por criminosos ao atear fogo a um ônibus, não foram obra do PCC. Pode até não ter sido, mas as ocorrências aparentam ações coordenadas. Houve, parece-me, organização prévia, atos preparatórios. Uma sequência orquestrada, funcionando como discurso de intimidação.

Tais atitudes são assemelhadas, em seu exercício, aos atos terroristas, cuja mensagem de fundo é: "Estamos aqui, podemos atingi-lo. Não tememos as autoridades. Chegamos inesperadamente, agimos com rapidez  e os resultados você sentirá na pele." 

A diferença é a motivação: no terrorismo a essência é política; para o criminoso comum a motivação é dar à sociedade a sensação de insegurança. Demonstrando, ao mesmo tempo, o poderio, organização e sentido de grupo que unem os bandidos. Ou seja: a quadrilha se apresenta como sujeito coletivo  interveniente, poderoso, atirando-se desastrosamente sobre o cidadão indefeso. A unir os dois tipos de ação - criminal e terrorista -, encontramos o fator surpresa, o cidadão assumindo a condição de presa fácil e desprotegida.

http://www.google.com.br/imgres?q=criminosos
O bandido sabe que suas atitudes de brutalidade terão repercussão midiática. Seu gesto é seu pronunciamento. Fazer equivale a falar. O sofrimento que deixa para trás é o ponto final desse texto absurdo. 

A questão é a seguinte: ou o governo do estado assume sua condição de fiador da segurança dos cidadãos e põe polícia nas ruas, ou quem tem dirento a essa proteção passará a ser refém de ruas habitadas pelo crime, de casas cada vez mais gradeadas, de filhos cada vez mais ameaçados. A governadora Rosalba Ciarlini tem a obrigação de tomar um posicionamento público e dizer a que veio. A campanha eleitoral acabou e o Rio Grande do Norte real é diferente, muito diferente do que diz a propaganda dela na TV. 

Do contrário, quemvai fazer e acontecer em Natal e em todo o estado não será a governadora, mas as armas, o fogo, o medo.

Abaixo, matéria da Tribuna do Norte sobre a ação dos criminosos.


O incêndio ao ônibus da empresa Guanabara-Oceano que ocorreu por volta das 20h20 foi causado por dois dois jovens que aparentavam ser adolescentes. A informação é do gerente de planejamento da empresa, Antônio Pessoa, que relatou o crime, o oitavo ataque a ônibus nesta sexta-feira (16). O motorista do veículo precisou ser levado ao hospital depois de ser atingido por gasolina nos olhos.

O incidente ocorreu na avenida Tomaz Landim, no ponto de ônibus próximo à Uvifrios. Segundo Antônio pessoa, o ônibus da linha 176, que faz o trajeto entre Mirassol e o Golandim, foi abordado por dois jovens que aparentavam ter menos de 18 anos. Ao contrário do que ocorreu em outros casos semelhantes em Natal, a dupla não pediu para que motorista, cobrador e passageiros deixassem o veículo antes de jogar a gasolina dentro do ônibus. Na ação, os criminosos atingiram os olhos do motorista, que precisou ser receber atendimento médico. O ônibus foi incendiado e os bandidos fugiram.

O presidente do Sintro, Nastagnan Batista, afirmou que esse incidente foi o estopim para os motoristas recolherem os carros para as garagens e suspenderem as atividades por tempo indeterminado.
A luta da Adurn

Recebo por email e divulgo.
Herdeira de uma História de luta pela democratização do estado Brasileiro e defesa dos interesses dos Docentes e da Universidade pública, laica e de qualidade, a ADURN, que este ano tornou-se Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Natal, Caicó, Currais Novos, Macaíba, Santa Cruz, Macau e Nova Cruz (ADURN-Sindicato), está completando 32 anos.

Para celebrar o aniversário da entidade, a transformação da ADURN em Sindicato e o Dia do Professor, o ADURN-Sindicato promove sua festa no próximo dia 23 de setembro, a partir das 22h, no Boulevard recepções.

A comemoração contará com a apresentação da banda Perfume de Gardênia e com um grande número de professores associados, funcionários, amigos e familiares. "Comemoraremos os 32 anos de fundação da Associação e o Dia do Professor na mesma festividade a fim de otimizar custos, já que um tem data comemorativa em agosto e o outro, em outubro. Buscaremos uma solenidade que enalteça a função dos docentes e a sua trajetória de luta por uma Universidade democrática, gratuita e de qualidade, fazendo participar os associados, funcionários e as famílias", ressalta o presidente do ADURN-Sindicato, João Bosco Araújo.

O diretor de Política Sindical, Wellington Duarte, ressalta, ainda, a importância política do momento vivenciado pelos Docentes de todo o Brasil na busca de novas formas de organização, onde a nova orientação se pauta principalmente na especificidade das demandas de seus associados, fortalecida por uma articulação política permanente com outras entidades. “A ADURN chega aos seus 32 anos com energia revigorada pela decisão da categoria em transformar a ADURN em Sindicato. Agora teremos a responsabilidade de forjar um sindicato que tenha a competência política de trazer à categoria discussões, debates e proposições que elevem a representatividade dos professores. A luta política e sindical foi, e continua a ser, um dos pilares essenciais da função da entidade”.

A transformação da ADURN em entidade sindical autônoma foi respaldada pela vontade e o voto soberano dos professores da UFRN, que entenderam que um sindicato deve estar mais próximo de sua base e que a pluralidade e as especificidades da categoria docente das IFES devem ser plenamente respeitadas.

“Enfim a ADURN assume sua feição de sindicato, quase trinta e dois anos depois da sua fundação”, afirma o secretário-geral da ADURN, Francisco Luiz Mascena.

Serviço
As senhas serão entregues de terça (20) a quinta-feira (23), na sede do ADURN-Sindicato (Setor de Aulas Teóricas II, Campus Universitário), no horário das 8h às 14h e das 14 às 18h.
O interessado deverá apresentar documento de identificação. Não será permitida a entrega com documento de terceiros.
As entradas são limitadas e cada professor sindicalizado terá direito a duas senhas. Mais informações no 3211-9236.
A violência trafega nas ruas de Natal: os bandidos dizem que é o PCC...

Natal viveu hoje sete ataques de criminosos a ônibus. Houve tentativa de incêndio aos veículos, passageiros aterrorizados. Depois de tudo isso, vejo na InterTV Cabugi o secretário de Segurança, Aldair Rocha, dizer que todos devem ficar tranquilos, que está tudo bem e parará, parará, parará... Ao ouvir a declaração pensei estar alucinado. Ou o inverso: estar o secretário alucinado. 

Após constatar que não estava louco, comecei a pensar que o secretário poderia estar ingressando em tal patamar. Sim, porque somente um alucinado, alguém que habite o mundo dos sonhos, espera viver tranquilo numa cidade onde ocorrem ações criminosas violentas, todas praticadas a partir de uma mesma matriz, sem que houvesse por perto qualquer aparelhamento policial para retaliar à altura.
http://www.google.com.br/imgres?q=pcc&hl=pt-BR&safe=off&client=firefox

Num dos assaltos os bandidos picharam no ônibus as iniciais PCC, alusão a suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital, facção criminosa cuja alusão faz tremer. O Secretário disse que tal ligação não existe. Espero que sim, que tenha sido apenas uma atitude discursiva dos criminosos, voltada para aterrorizar Natal, uma vez que é conhecida a truculência, ferocidade e crueldade com que age o PCC no eixo Rio-São Paulo.

Agora, uma coisa é certa: os criminosos agiram sob certeza de que durante os assaltos não haveria polícia que os enfrentasse. Todos sabemos disso, os bandidos também: Natal é uma cidade despoliciada. Você costuma ver - ver com frequência, quero dizer - viaturas policiais nas ruas? Eu não. Foi apostando nisso que os grupos armados caíram em campo. 

Nós não temos uma política de segurança pública. A polícia é desequipada e desmotivada, seja pelos baixos salários, seja pela falta de apoio logístico. Não há dinheiro para garantir à polícia uma ação plena, cotidiana, diuturna. 

Devo dizer, todavia, que aplaudo a prisão de três suspeitos, conforme anunciou o Secretário, detalhando que estavam sob interrogatório. Foi uma forma de demonstrar agilidade e eficácia na reação. Mesmo assim insisto: deveria haver um plano de policiamento permanente. Isso daria aos grupos armados a sensação de insegurança às suas ações. A mesma sensação de insegurança que sentimos quando saímos às ruas e pensamos entre dentes: "Será que vou dar de cara com um assaltante?"


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

RACISMO - Machado de Assis ficou branco

Jornalistas exigem aumento salarial; não dá mais pra segurar

Recebo da jornalista Mara Medeiros informe a respeito da reivindicação salarial da categoria, que amarga no Rio Grande do Norte o pior salário do país. Situação indigna e inaceitável. Os jornalistas precisam e devem mobilizar-se, reunir esforços, somar competências. Enfim, agir sob o comando da consigna habilidade e força a fim de superar essa etapa que somente nos amesquinha enquanto pessoas, profissionais e sujeitos históricos.
http://www.google.com.br/imgres?q=journalism&hl

No texto recebido registra-se o comparecimento de oito - oito! - jornalistas à assembeia que decidiu pela mobilização. Assim não dá. Precisamos criar sentimento de classe, firmar uma cultura de resistência e um senso comum de repúdio a uma situação conjuntural que se mostra perversa ante nossa falta de ação. Temos seguidamente sucumbido ante o poderio das empresas que se negam a uma negociação madura e dignificante de seus trabalhadores.

Segue a matéria recebida:

O novo piso salarial dos jornalistas a ser sugerido na negociação com o patronato, decidido em Assembleia realizada nesta terça-feira, é de R$ 1.194,00. Um aumento de R$ 244 sobre o piso atual de R$ 950. O reajuste equivale a pouco mais de 25%.

A base de cálculo incluiu 7,4% da inflação do período (R$ 70,3), mais 7,5% do PIB (R$ 71,25), e ainda um ganho real de R$ 10,24% (R$ 97,28). A porcentagem do ganho real foi calculada para que atingíssemos a média salarial dos pisos no Nordeste.

Também ficou acordado que iremos pedir R$ 416,9 de auxílio alimentação. O valor equivale a R$ 18,95 ao dia e por 22 dias úteis. Esse cálculo também não é aleatório. Foi baseado na pesquisa Assert com os valores pagos no Nordeste.

A soma, portanto, do reajuste do novo piso, mais o auxílio alimentação, daria o valor de R$ 1.611,00. As cláusulas ditas sociais, como anuênio, hora extra etc, serão as mesmas negociadas no ano passado e que não foram aprovadas pelo patronato.

A diretoria do Sindjorn atualizará essa pauta, que será protocolada e entregue ainda essa semana aos patrões, para que seja marcada a data da primeira negociação, estimada em um prazo de 10 dias.

Para que consigamos atingir essas metas precisamos de muito mais participação da categoria do que foi visto nesta primeira assembleia. Foram oito jornalistas, afora a diretoria. Agradecemos também a presença do vereador George Câmara.

Daremos início à mobilização. Tentaremos contato com os DCEs das universidades para chamar estudantes. Já estão sendo providenciadas audiências públicas na Câmara e Assembleia para discutirmos o assunto e levarmos ao conhecimento da sociedade.

Mas o mais importante é a presença da categoria. No ano passamos conseguimos a maior mobilização das últimas décadas. Mas diante das discussões burocráticas durante as assembleias e a demora da negociação, o movimento perdeu força e finalizamos com uma meta aquém do esperado.

Aprendemos com o ocorrido e este ano queremos mais. A pauta social tão discutida no ano passado já está praticamente fechada. As assembleias serão realizadas para discutir a mobilização e possíveis ações enérgicas para atingirmos nosso propósito.

Por isso, precisamos da força de vocês, jornalistas. Conclamamos, sobretudo os estudante e concursados. Vocês podem nos ajudar muito nessas ações. Sabemos o quanto é difícil aos empregados da iniciativa privada. Ainda assim, temos a certeza da participação de muitos.

Por fim, agradecemos a presença nesta primeira assembleia dos oito jornalistas presentes: Gustavo Farache, Edmo Sinedino, Wagner Lopes, Patrícia Cordeiro, Alexandre Othon, Rafael Duarte, e do repórter fotográfico Ney Douglas.

OBS: O blog dos Jornalistas do RN em Luto voltou à ativa. Para saber o dia-a-dia da campanha e da mobilização, basta acessar http://jornalistasdornemluto.blogspot.com/

À luta jornalistas!

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 Polícia Federal age sob a proteção de um deus


A Polícia Federal deflagrou hoje a operação Hefesto, que visa apurar a formação de cartel pelos postos de gasolina de Natal. Hefesto, conhecido pelos romanos como Hefaístos, é o deus grego do fogo. Assim, a ação da Federal tem tons divinos e chega em boa hora. 
http://www.google.com.br/imgres?q=hefesto

Natal não pode mais ficar sob o controle de um pequeno grupo que se insurge contra a livre iniciativa e sua base histórica: a concorrência. O capitalismo se ergueu sobre essa base e sobre ela deve operar. Quem o defende e vive sob seus preceitos, arroste as consequências. Ave, Hefesto! 

Segue a nota da Polícia Federal.


Nas primeiras horas do dia, uma Força Tarefa coordenada pela Polícia Federal e apoiada pela Secretaria de Direito Econômico e Promotoria de Defesa do Consumidor, desencadeou a OPERAÇÃO HEFESTO, uma referência ao Deus do Fogo (mitologia grega).

O caso sob investigação teve início em dezembro de 2009 e refere-se à possível formação de cartel no mercado de revenda de combustível abrangendo o Município de Natal/RN.

A investigação se iniciou com a nota técnica da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, que é o órgão responsável pela investigação de infrações à ordem econômica, previstas na Lei 8.884/94, a qual elencou alguns fatores peculiares ao mercado varejista de combustível de Natal, a partir de dados coletados no Rio Grande do Norte no período de 2004 a 2009, que seriam indicativos de cartel, tais como:

(1) pouca oscilação da margem média de revenda;

(2) a margem de revenda do Município de Natal ser superior ao padrão da margem média observada para o Estado do Rio Grande do Norte - comportamento este inesperado para o maior município do Estado, que apresenta um maior número de agentes econômicos competindo;

(3) pouca dispersão de preços ao consumidor e

(4) existência de um mecanismo capaz de coordenar e monitorar, de forma permanente, as ações de uma grande quantidade de agentes econômicos atuantes no mercado de revenda, no caso, os sindicatos de revendedores de combustíveis.

Diante dos indícios verificados com relação ao mercado de revenda de Natal, a Secretaria de Direito Econômico também instaurou procedimento administrativo com intuito de apurar indícios de infração à ordem econômica.

Afora as constatações da SDE, a Polícia Federal também levou em conta o Estudo do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor - Procon Natal, datado de 23 de julho de 2009, apontando que 94,2% dos postos de revenda de combustíveis haviam promovido aumento de preço no período pesquisado. O relatório indicou ainda que a diferença entre o maior e o menor preço da gasolina foi de 2%, a "menor diferença nos últimos 10 anos".

Também pesou a forte mobilização da sociedade, bem como a atuação dos órgãos de defesa do consumidor, tendo culminado com a autuação de 24 postos de combustíveis da capital por parte do PROCON Estadual, justamente por ter se verificado um aumento abusivo de preços.

Com esses indicativos a Polícia Federal passou a observar e investigar o comportamento do SINDIPOSTOS e alguns de seus associados.

Verificou-se que em todas as oportunidades em que o SINDIPOSTOS foi questionado sobre elevação de preços, seus principais integrantes reuniam-se a fim de justificar o movimento de alta perante a sociedade (reuniões secretas em escritórios de advocacia).

Chegaram ao ponto de contratar uma agência de comunicação para divulgar ações que convencessem a população que a elevação do preço de combustíveis era a única alternativa.

Isso, aliado à padronização dos preços, demonstrou a intensa articulação coordenada pelo sindicato, haja vista também que em nenhum momento agiu com o mesmo ímpeto frente às distribuidoras a fim de obter melhores preços em favor dos associados (preferiram aumentar os valores cobrados do consumir a pressionar as distribuidoras para diminuir o preço de Tal política traz fortes indícios da conduta concertada, o famigerado cartel, que constitui crime contra a ordem econômica, previsto no artigo 4º, inciso I, alínea "a", da Lei 8.137/90, ora investigado pela polícia federal e pelo ministério público estadual, cuja pena de reclusão é de 02 a 05 anos.

A conduta também constitui infração à ordem econômica prevista nos arts. 20 e 21, da lei 8.884/94, investigada pela SDE, e punível com as penas previstas nos arts. 23 e 24 da mesma lei, entre elas: multa, proibição de contratar com instituições financeiras oficiais, inscrição no cadastro nacional de defesa do consumidor e recomendação para que sejam suspensos ou negados incentivos e benefícios fiscais, penas estas que atingem tanto as pessoas físicas e como as pessoas jurídicas envolvidas na prática.

Durante a investigação constatou-se, da mesma forma, que os representantes do SINDIPOSTOS diversas vezes se reuniram e mantiveram contatos com o único intuito de articular formas e instrumentos de manter e/ ou aumentar a barreira à entrada de novos revendedores de combustível, que poderiam concorrer com os postos integrantes do suposto cartel. Esse comportamento é típico dos agentes econômicos integrantes do suposto cartel e indicativo do monitoramento sincronizado para exercer verdadeiro controle abusivo do mercado, tolhendo qualquer tentativa de entrada de novos concorrentes. Os envolvidos tentaram evitar a todo custo que algum dos supostos integrantes do cartel, por na suportar a concorrência, resolva abandonar os acordos firmados.

Como os acertos e conchavos decorrentes do cartel são naturalmente instáveis, o SINDIPOSTOS teria adotado uma estratégia de impor obstáculos a qualquer iniciativa que se propusesse a aumentar a concorrência no mercado, de forma a manter o domínio através do suposto cartel. Daí, a necessidade de se fazer uso dos mais diversos instrumentos de ação para buscar, de todas as maneiras, atrapalhar a livre iniciativa em favor da manutenção do controle.

Esta conduta de limitar e impedir a entrada de novos concorrentes é uma típica característica do crime de cartel, constituindo-se em mais um forte indício da existência do acordo ilícito entre os postos revendedores de Natal, coordenado pelo Sindicato.

Percebeu-se, inclusive, uma atuação ativa do Sindicato no fornecimento de informações distorcidas e falaciosas sobre o mercado de revenda de combustíveis para influenciar o Poder Legislativo local e impedir a aprovação do PL 411/2009, que permitiria nesta capital a instalação de postos de combustíveis em supermercados. O projeto de lei foi rejeitado.

Os indícios apurados através das investigações promovidas pela Polícia Federal, Ministério Público e SDE, somados à forma de atuação e de influência do SINDIPOSTOS, ao comportamento do mercado nos últimos anos comparado, o histórico levantado pelo PROCON local e à forte mobilização dos órgãos de defesa do consumidor e da sociedade forneceram suficiente embasamento para que o Poder Judiciário permitisse que hoje, dia 14/09/2011, fossem cumpridos 09 mandados judiciais de busca e apreensão, em diversos postos de gasolina e também na residência e no gabinete de um Vereador do Parlamento Municipal. A operação contou com a presença de 60 (sessenta) Policiais Federais, além de 20 (vinte) servidores da Secretaria de Direito Economico e da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Natal.

Observações:

1. Cartel é a mais grave conduta de infração à ordem econômica, sendo caracterizado por um acordo entre concorrentes para principalmente, fixação de preços ou quotas de produção, margens de lucro ou de descontos, divisão de clientes e de mercados de atuação, etc. É crime contra a ordem econômica e objetiva eliminar a concorrência, prejudicando os consumidores, principalmente por causar aumento de preços.

2. Os cartéis de revendas de combustíveis em vários municípios de diversos Estados do país representam, hoje, aproximadamente um quinto do total das quase 500 investigações por infrações à ordem econômica em curso na SDE. Só nos anos de 2010 e 2011, foram enviados mais de oito processos administrativos com recomendação de condenação para o julgamento do CADE, sendo que, entre 2004 e 2008, o órgão condenou outros oito cartéis, em municípios espalhados por todo Brasil. Da atuação conjunta da SDE com as polícias e ministérios públicos resultou, ainda, mais um considerável número de processos criminais envolvendo pessoas ligadas a sindicatos e revendedores do setor.

Amy Winehouse - Body and Soul Full Song

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Epa, que isso aqui vai ser muito bom! Peguei na Folha.

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Dueto de Amy Winehouse com Tony Bennett sai nesta quarta

DE SÃO PAULO
A última gravação de Amy Winehouse, um dueto com o cantor Tony Bennett, será lançada nesta quarta-feira. 

Na semana passada, a gravadora Universal já havia feito suspense sobre o lançamento e, hoje, foi confirmado de que será mesmo "Body and Soul", que Winehouse gravou em março passado com Bennett. 

A gravação foi feita nos estúdios Abbey Road, em Londres, e faria parte do disco "Duets II". O vídeo com os dois cantando "Body and Soul", que foi exibido no VMA deste ano, estará disponível no site da cantora

Winehouse completaria 28 anos nesta quarta-feira. Ela morreu no último dia 23 de julho em sua casa em Londres. A causa da morte ainda não foi definida.

Matt Dunham/Evan Agostini/Associated Press
Amy Winehouse e Tony Bennett
Amy Winehouse e Tony Bennett

domingo, 11 de setembro de 2011

Um mistério bem guardado


De perto não se entende,
Se é longe um eu não sei.
Uma beleza secreta,
Instante, pena, palheta,
Passado, entalhe, gesto
que não entendo e não sei.
Sei.

De como o 11 de setembro estava previsto desde 1799

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID
Estava eu ocupado, e mui, em trabalhos tipográficos, quando se me apresentam à casa onde moro dois elegantes cidadãos: um elegante e bem postado orangotanto, fidalgo, logo o vi, e um sisudo grou, tambem ele homem de grandes ascendências e preclaros ancestrais. Trabalhava eu na preparação de éditos me encomendados por monarca de ilha distante e ignota, senhor de selvas e ondas de mar turquesa. Como sabeis, sou tipógrafo. Arte que aprendi com o Mestre de Mogúncia, idos de 1450.



Queria tal graúdo personagem comunicar a seus súditos que ninguém deveria ler os tais éditos, uma vez que tratavam das terríveis coisas do mundo como guerras, pestilências, corrupção dos costumes e outras debacles, a fim de que aquele honesto e ingênuo povo não se abalançasse a buscar tais e tremendos sucessos. Naquela ilha imperavam a mansidão e a concórdia e assim, queria o monarca, tudo deveria permanecer. 

Devo dizer que neste momento encontro-me em pleno ano de 1799, quase adentrando, como se nota, o Século XIX. Devo dizer que espero mui desse século, cujos albores, parece, encaminharão a humanidade a patamar mais elevado. Mas, voltemos aos dois senhores. Parei o trabalho e fui atendê-los.

Após as apresentações de praxe disseram a que tinham vindo: queriam que eu preparasse jornal - um jornal mágico logo descobri - onde se publicariam todos os infortúnios do mundo. Tudo o que fosse se tornar fato e realidade. Se isso fosse feito, asseguraram-me, e o jornal destruído em fogo de fogueira feita com madeira do monte Olimpo todos os males seriam retirados da Terra, e o século vindouro e todos os demais seriam plenos de idades fabulosas, eras magníficas e grandes ocorrências, chegando a humanidade a seu destino e fado: de bem viver feliz, até até. O jornal purgaria por antecipação os males que viriam a se pôr.

Disse-lhes que era apenas um gráfico, um dono de tipografia, não tendo acesso aos dons de Merlin. Não, rebateram, eu não precisaria prever a vida do mundo. Apenas anotar e fazer publicar em jornal tudo o que me dissesse bela e dramática pitonisa a quem fizeram chamar - e  logo adentrou à minha casa, envolta em volutas espessas, enignática dama. Fiz-lhe profunda reverência, a mulher entrou em transe a logo passou a prever o que iria o mundo viver e sofrer a partir do Século vindouro e daí em diante. 

Ao iniciar-se meu trabalho os grandes senhores retiraram-se, não sem antes me advertir: ninguém, ninguém poderia ler o jornal, que seria levado à fogueira olimpiana isento de olhar de homem. Assenti com a cabeça e eles saíram. A tudo o que a mulher dizia, minha mão, trêmula, anotava. Eram horrores demais, temores demais, cataclismas intensos, tragédias incontáveis, explosões e armas inacreditáveis. Datas e líderes explodiam às palavras da vidente. 


Percebi que minha missão era também algo terrível: tinha ali, literalmente, os destinos do mundo, da vida, de tudo. Caso aquela missão tivesse bons frutos um simples tipógrafo gutemberguiano mudaria a repetiviva estrada da história: guerras e horrores liderados por loucos crentes em sua própria loucura, aqui e no ignoto Oriente.
http://www.google.com.br/imgres?q=11+de+setembro&hl=pt-BR&safe


A mulher não parava de prognosticar, vaticinar, profetizar e adivinhar, até que o mundo chegou a final de Apocalipse, com o acionamento de arma tão tremenda que é difícil crer que algo assim possa ser criado pela mente humana e usada por mão carrasca. Após terminar, três dias depois os seu trabalhos, exausta e branca, a pitonisa foi levada por um cortejo de aias que a amparavam, desaparecendo e meio a brumas.


Mal parei: refiz-me também da minha luta e corri à oficina, onde tipos preciosos, manejados por Gutemberg em pessoa me esperavam para o próximo passo. Trabalhei sozinho durante dias. Dispensara todos os auxiliares: o jornal não podia ser lido. Ao fim e ao cabo de toda a travessia mandei que mordomo fosse convidar os dois senhores - o jornal estava pronto.


Impresso em papel de grande qualidade, ilustrado com imagens desenhadas à perfeição e textos de grande poder narrativo e descritivo, aquela obra era algo preciosíssimo. Lacrei-a em enorme envelope, entregando-a absolutamente fechada ao grou e ao orangotango. Não nos falamos. Ato contínuo, dirigiram-se eles a um outeiro onde já estava pronta a fogueira do Olimpo. Vetustos e sérios seguiram em sua carruagem. Nunca mais os vi.


Passou-se o tempo e, de lá para acá, vi, li e escrevi a respeito de grandes males e enormes ocorrências e dores profundas. Duas Grandes Guerras, revoluções e destroços. Duas bombas atômicas. Tudo isso fora previsto pela pitonisa. Minha compreensão terminou por ensinar-me algo que recusava a acreditar: algo havia dado errado com os respeitáveis grou e orangotango. Algum miserável acontecimento os havia colhido, impedindo que o mundo seja hoje um local digno e aprazível.


A minha suspeita de que algo ocorrera àqueles dois senhores foi confirmada: os honoráveis homens voltaram à minha casa e, como naquele dia distante, estava eu na oficina. 
Foram trazidos à minha presença e contaram, olhos injetados de angústia: o jornal fora lido! Lido minutos antes de ser levado à fogueira. 


Como assim?, quis saber. Muito simples: para ser queimado o jornal teve que ser retirado do envelope. Nesse instante o lacaio que o levava às mãos dos seus mestres pousou os olhos na manchete, caindo fulminado por um colapso, tão horrenda era a notícia. Outros acorreram a ele e entraram em pânico. Enlouquecidos, puseram-se a correr gritando ao mundo o que aconteceria. Formou-se multidão e o jornal foi lido a todos, que se puseram a gritar. Em meio a isso acusaram o grou e o orangotango de feitiçaria e atos cabalísticos. Eles conseguiram fugir e ao longe viram acesa a fogueira e queimado o jornal, mas era tarde: o mundo continuaria a trilhar sua senda enternamente - até que venha o último artefato.


PS: os dignos senhores ainda estão em minha casa. De repente pediram que eu ligue a televisão. Hoje é 11 de setembro.