sábado, 15 de março de 2014

Magical mistery tour -- real sem ser concreto

 http://www.google.com.br/imgres?
O senhor dos ventos
Emanoel Barreto

Tenho um amigo que, diz-me, é senhor dos ventos; ou melhor amigo deles. Com eles dialoga, discursa, debate, briga até. Para em seguida fazer as pazes e viajar. Sim, ele viaja, garantiu-me. Deitado nos ventos, sem qualquer perigo de cair. Mesmo nas alturas mais deslumbrantes vai flutuando em paz.

A tal dom alia outra maravilha: torna-se, como o vento, fluido e invisível. Assim, quando aragem mansa, invade ambientes ocultos, é voyeur de casais intensos, mulheres em pelo, cenas de famílias em aniversário de 15 anos, solidões de desesperados, delírios de loucos e de mandatários em sede de poder.

Sim, ele ouve tudo, vê tudo.

Dia desses saí com ele. "Posso?", perguntei. "Posso" no sentido inglês de "May". E ele respondeu: "Yes, quer dizer sim". E convocando um vento forte, mas não um simum, um siroco, um mistral, tornado, ciclone, tufão ou furacão, fomos calmamente, sem temor de provocar os desmandos que tais ventos determinam.

Evocou vento poderoso o suficiente para nos elevar e voar. Invisíveis, e impregnados ao ar em movimento, subimos. Fomos tão algo que a Terra ficou lá embaixo, azul e linda, como dissera Gagarin.

Depois, descemos. O que vi, nessa passagem, foram as plagas terríveis e mais belas da condição humana. Praias sensacionais, vigorosas paisagens, coisas das mais belas.

Passamos também pela miséria de Benares, os esconsos de Tegucigalpa, a miséria terrível dos subúrbios de Bogotá, a perversa vida nas favelas do Rio, os soluços ignaros dos moradores dos esgotos de Bali, ruelas de toda a Ásia, becos de toda a Europa, etc..., etc..., etc...

Vi-me invadido por uma sensação que oscilava entre alegre e pesarosa. O ser humano em seu dilema. O homem como situação coadjuvante do seu próprio drama.

Voltamos tarde da noite.
Agradeci.

Quando já saía voltei-me para perguntar quando iríamos viajar de novo.
Ele tinha desaparecido.

O povo não quer Copa, quer dignidade



O urro da ruas, a tragédia anunciada da Copa do Mundo

As elites brasileiras parecem não entender o recado das ruas, o grito rouco das massas, as ameaças contidas nos quebra-quebras, o sudário social que vela a cara dos black blocs, a essência mortal, sombria, que habita todo aquela liturgia de confronto. O recado é simples: “Não aguentamos mais. A mentira não poderá ser repetida para sempre sem que nós, os enganados, passemos a mostrar que ela é somente isso: uma mentira.”
 
Foto: Felipe Canova Gonçalves

As elites não entendem, tanto que chamam os protestos de baderna. Não é baderna. Baderna é a reunião de um grupo para, por exemplo, em meio a uma bebedeira, sair pelas ruas promovendo destruição imotivadamente. No Brasil, ao contrário, os movimentos violentos têm um cerne ideológico, mesmo que em meio aos manifestantes encontremos desordeiros e até bandidos aproveitadores. 


A violência em si, entendo, é recurso perigoso. É irmã da catástrofe, está geminada à negação do processo civilizatório e funciona como chamariz de tragédias como a que vitimou o cinegrafista da Band. Acho tudo isso, mas também entendo que os duros atos de protesto chegaram a esse ponto porque a violência institucional como que adestrou os marginalizados a assim reagir.  


Foram as injustiças históricas, aquelas praticadas no microcosmo da cotidianidade, que cimentaram isso. Foram as dores, o desespero das filas chorosas nos hospitais, quem induziu a isso. Foram os ônibus lotados, o povo acossado por assaltantes e traficantes, a corrupção dos três Poderes, o salário que não dá para nada e a morte de pessoas queridas em hospitais que não funcionam o fator potente de todo o processo.

Foram coisas como a Copa do Mundo, que numa espécie de coroação cínica da perversidade histórica das elites, transformaram os estádios em entidades icônicas dessa babilônia depravada que é a política brasileira e seus beneficiários. 

A farra dos governos, dos parlamentos, dos altíssimos cargos públicos, são como a celebração de uma crueldade irresponsável e até agora impunível, mas que, pelos insondáveis caminhos da história agora convida à sagração dessa primavera de dor e berro, estupidez e gol. 


Temo que a Copa seja palco de uma grande conflagração. Os ânimos das praças estão aquecidos. Diante do furor das multidões espero que o governo e todos os seus sequazes, de todos os partidos, tenham visto – mesmo que não admitam: a Copa, em vez de evento, foi transformada num estopim.




domingo, 9 de março de 2014

"Number nine, number nine, number nine", já diziam os Beatles --- o texto abaixo é uma colagem do noticiário de vários jornais. Uma experiência de perplexidade; nosso mundo mesmo



Conheça Drone cocaína dentro de São Paulo os black blocs um mini-helicópteroque preferem 




http://curiosomundo.com.br/torre-de-babel-lenda-ou-realidade/
As regras têm como objetivo ministro da Defesa e de Transportes, Hishammuddin Hussein, disse que as autoridades estudam todas as possíveis razões de. aguardava para desfilar dentro do camamo. 

O excesso momesco passaria despercebido reprodlquer meio de rote Rio, Samba e Carnaval, dooentas oferecidas na página. Tea legislação brasileira sobre direito autoral. Nãs mais discretos do Sambódroxtos, fotos, artes e volha estão protegidos peluza o conteúdo do jornal em quaídeos da F

 da a pesar no bolso do consumidoralegórico com estrelas da emissora, entre elas Tony Ros, Ga Mene

uma meia-volta deste tipo, sem descartar a possibilidade de ior: se for considerazes e nio Fagundes. Como os ao sair carregada de volta para casa. E se, poumarço de 2004 por Dil
  – pôr ordem se Vera não tivesse sido fotografadashtml ou as ferram
amlóriAntô


Lançado em ma Rousseff, então ministra de Minas e Energia, a nova legislação do setor cna casa, depois do racionamento que atingiu o Brasil em 2001.onseguiu – apesar de algumas contestações

 Na época, perda de valor das companhias na Bolsa de Valores a conta já supe algum momento, essa crise poderá o consumo de energia caiu cea compor o pode aumentar ainda mais, dependendo do humor de São Pedro nas p carro colegas, ela comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização da Folhaprespress ra R$ 60 bilhões eróximas semanas. Em
 s (pesquisa@folhapr
(pesquisa@folhm.br). As regras têm passando pela rua quando viu o Corolla  de seu Severino. Então ele pegou
apress.coess brasileira sobre direito autoral. Folha

Não reproduza o conteúdo seu Severino e tentou ligar o carro, como não conseguiu, ele saiu. Foi quando seu Severino apareceu eo, eletrônico ou impresso, sem autorização da as chaves com


pesa das pessoas físicas com juros de empré
stimos somou R$ 233 bilhões ema anua do jornal em qualquer meio de comunicaçã2013. Considerando que os consumidores endividados tiveram rendagir, aí ea faz na qualidade de seu jornalismo. Se precisa lo


Para compartilhar esse conteúdo, k-miller..com.br). proteger o investimento que a Folhgue-se como assinante ou cadastrado. folh.br/ava tentou reubar um Corolla. Entã


 le disparou várias vezes e um dos tirrecebido uma encomenda para roa.uol.com
adson confessou o latcrime ac

rocínio (roubo seguido de morte). “Ele nos informou que tinha o ele estos acertou a vítima”, frisou. O onteceu na aldo Cavalcante, no Bairro de piar trecho de texto

copiar trecho de texto da Folha para uso privado, por favor

 o link http://guia. cinema/2014/03/1421529-persas-e-gregos-se-enfrentam-em-novo-300-inspirado-em-obra-de-fran quase-dois-meses-de-renda.shtml ou as ferramentas oferecidas na página. s da Folha3/1422778-brasileiro-gasta-com-julegislaçãa
 az na qualidadjornalismo
Textos, fotos, artes e vídeo estãorua Kergin Novapor favor utilizeonteúdo, por favor utilize o link http://www1com.br/mercado/2014/0dor interpela o colega Lali Rakipi, 60, sobre o resultadoe de seu olha fha



Para compartilhar esse cros- protegidos pela o como ob precisa co da Folha para uso privado, por favor logue-se como assinante ou cadastrado..fol.uol.F

ânia a 40 km da capital, Tirana, um pesc de sua saída ao mar, horas antes. jetivo proteger o investimento que a . Se
Não tarda para que